Às vezes necessito ficar só
Só com meus pensamentos
Com minhas loucuras
Nesses dias quero não fazer nada
Não falar nada
Não olhar nada
Não escutar nada
Quero o vazio
Busco o vácuo do espaço
Caminho por cores e cheiros diferentes
Como se eu tivesse a liberdade de decidir
Por mim mesmo a forma que as coisas têm
Quando só
Eu descubro em mim uma outra pessoa
Uma outra realidade
Isso acontece quando a vida passa por mim
Sem que eu viva seu momento de forma plena
Surge um arrependimento ou um sentimento de perda
Motivado por uma ausência
Um vazio por dentro
A solidão serve de conselheira
Como uma mãe que acalenta o espírito do filho
Uma mão que acaricia
Ou serve de apenas de fuga.
PUBLICADO EM:
POEMAS SEM FRONTEIRAS. Ora, Vejamos. Lisboa - Portugal. 1a Ed. Agosto de 2008.
Nenhum comentário:
Postar um comentário