domingo, 29 de março de 2009

O FIM

A expressão de susto no teu rosto te delata
O pânico que parece surgir é controlado e a voz arrancada da alma
Fere os ouvidos e acaba com toda expressão da contemplação

Não é por você que eu vivo, mas sem você não haverá pânico no olhar
As folhas irão parar de cair, suspensas no ar enquanto o fôlego se vai
A calmaria dos ventos, o silencio das palavras, a escuridão da alma
Todo o resto se esvaindo por entre as amarras do destino

Os amantes precisam se abastecer de paixão, dor e ciúme
Não há sentimento que sobreviva sem a faísca que inflama o coração

São partes de uma imensa atmosfera azul dentro de uma bola de cristal
O mergulho obstinado atrás de você por entre paredes atônitas
Atônitos os sentidos se anulam num vazio de acontecimentos rápidos
São flashes de um amor que morreu.

A morte que sepulta o sentimento de paixão, dor e ciúme
Também liberta da necessidade de amar e sofrer

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