A expressão de susto no teu rosto te delata
O pânico que parece surgir é controlado e a voz arrancada da alma
Fere os ouvidos e acaba com toda expressão da contemplação
Não é por você que eu vivo, mas sem você não haverá pânico no olhar
As folhas irão parar de cair, suspensas no ar enquanto o fôlego se vai
A calmaria dos ventos, o silencio das palavras, a escuridão da alma
Todo o resto se esvaindo por entre as amarras do destino
Os amantes precisam se abastecer de paixão, dor e ciúme
Não há sentimento que sobreviva sem a faísca que inflama o coração
São partes de uma imensa atmosfera azul dentro de uma bola de cristal
O mergulho obstinado atrás de você por entre paredes atônitas
Atônitos os sentidos se anulam num vazio de acontecimentos rápidos
São flashes de um amor que morreu.
A morte que sepulta o sentimento de paixão, dor e ciúme
Também liberta da necessidade de amar e sofrer
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