terça-feira, 21 de abril de 2009

TOLICES

Eu, como todo ser humano,
Tenho o dom de ser tolo,
Tolo nas idéias, no ato da ação ou reação.

Rodamos pela vida em círculos, hora nas idéias, hora nos atos,
Esculpimos nossos pensamentos, domínio, posse, argila.
Circundando o vazio e dando forma à atitude.

Atitude meio que inconseqüente de quem sabe tudo,
De quem tudo conhece tudo já pensou... Agiu.
Entre discursos ultrapassados e ditados infundados,
Giramos no eixo da vida.

As amarras invisíveis não apertam o corpo.
Sufocam a alma.
Chicoteiam as idéias e punem as mãos que tocam a argila.

Há coisas que mudam e outras que evoluem.
O tempo passa diferente para as pessoas.
Para umas ainda é cedo, enquanto que para outras.
O tempo já passou.

Dentro do tempo de cada um, existe uma luz.
Às vezes ela ascende, e em outras apaga.
Essa diferença é natural.
Assim como os valores também os são.

Valorizo muitas coisas,
Outras não me têm valor.

Mas mesmo que o tempo passe
Eu quero valorizar o que tenho,
Como o tempo...

Quando é tempo de criança, adolescente,
Buscamos nossa liberdade,
Quando a temos,
Necessitamos dividi-la.

Assim a roda do mundo gira,
Assim sinto a vontade, muitas vezes reprimida,
De deixar meu tempo interior funcionar livremente
Sem repressão, sem culpa.

Sem definições, sem discussões,
Quero apenas viver meus momentos,
Curtir meus sentimentos,
Participar da minha vida.

Eu divido tudo,
E quero sempre poder dividir,
Cada vez mais,
Ter a nossa vida.

Mas os giros que dou devem ser completos.
Se esqueço, se não faço ou se faço,
É porque sou tolo,
Sou humano, sigo minhas idéias,
Executo minhas ações.

Muitas isoladas,
Pois fazem parte da minha individualidade.
Outras,
Tantas outras que só sei fazer a 2.

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